O estado não deve financiar o ensino privado

O estado não deve financiar o ensino privado

O esvaziamento das escolas públicas tem como consequência o propiciar de lucros exorbitantes para os colégios privados que têm em Santa Maria da Feira o seu expoente máximo.

Uma escola pública em Paços de Brandão está sem alunos, no entanto, o Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, na mesma zona, tem 74 turmas com contratos de associação, ou seja, financiadas pelo Estado.

Na prática este contrato de associação, é a garantia de lucros desmesurados por parte do privado à custa do erário público.

Uma vez mais os famosos empreendedores são na prática rentistas, o que, sem o “colinho” do estado estavam literalmente nas lonas.

Para o Bloco de Esquerda (BE), o governo deve ser não só rigoroso na revisão destes contratos de associação, mas também ter em conta o estudo realizado pelos investigadores do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (CIIE) sobre a inflação de notas nas escolas privadas.

O BE considera que definitivamente a aposta deve ser na escola pública com qualidade e não em negócios espúrios para transparência da qualidade do ensino.

Como diz o nosso povo, “ é no poupar que está o ganho”. Esta máxima deve ser a bússola pela qual o estado se deve orientar. Se os privados querem fazer negócio com o ensino, que o façam, mas sem o “colinho” do dinheiro dos nossos impostos.

Nesta perspectiva, convém realçar que muitos dos proprietários de colégios privados “vociferaram” e “vociferam” contra a atribuição do rendimentos social de inserção e outras prestações socais que têm permitido a milhares de seres humanos em especial crianças, poderem sobreviverem.