
O porto de Aveiro vende hoje em hasta pública 100 mil toneladas de areias removidas da entrada da Ria. O Bloco defende a interdição da venda e defende que estes inertes sejam utilizados no combate à erosão costeira.
O porto de Aveiro realiza hoje um leilão de 100 mil toneladas de areias, com uma base de licitação de 50 mil euros. Estas areias foram retiradas da entrada da Ria e da zona do porto para garantir condições de navegabilidade e de segurança ao porto de Aveiro. A extração e comércio de areias não faz parte do seu negócio. São assim areias públicas, removidas para garantir a área de negócio do porto: transporte de mercadorias e movimento de embarcações.
O Bloco de Esquerda considera inadmíssivel que areias removidas de uma área bastante afectada pela erosão costeira sejam vendidas em leilão e não usadas para a reposição de sedimentos na costa.
O Bloco recorda que já no início de 2013 a Administração do Porto de Aveiro (APA) vendeu 100 mil toneladas de areia por 50 mil euros. Registe-se que esta quantiadde equivale a apenas 60 mil metros cúbicos do toral de três milhões de metros cúbicos que a APA insiste em armazenar a céu aberto, em prejuízo da qualidade de vida dos habitantes da Gafanha da Nazaré.
O Bloco de Esquerda exige que o interesse público e as populações seja defendido, estas areias não devem poder ser vendidas. O BE propõe que esta areia pública seja utilizada em programas de combate aos efeitos da erosão costeira, com injeção de areias na costa. O interesse coletivo destes inertes deve sobrepor-se ao desejo lucro de alguns.