Governo quer obrigar desempregados do distrito de Aveiro a irem trabalhar para a agricultura no Alentejo
O Bloco de Esquerda tomou conhecimento que vários desempregados inscritos no Centro de Emprego de S. João da Madeira foram convocados para uma ‘sessão de esclarecimento’ sobre trabalho agrícola no Algarve e no Alentejo.
Essas ações terão acontecido no Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado (CFPIC) e terão servido para aliciar os desempregados para um contrato a termo incerto, a tempo completo e sem dias de folga. Os ‘empregos’ são a centenas de quilómetros de distância da residência dos desempregados, não tendo sido revelada a entidade patronal para quem trabalhariam, nem em que instalações ficariam alojados. Por tudo isto era oferecido o salário mínimo nacional.
Esta situação denunciada ao Bloco por uma das pessoas que foi convocada e que esteve presente numa destas ‘sessões de esclarecimento’ é estranha demais e exige explicações uregentes do Governo.
Estamos a falar de ofertas de trabalho cujas condições são pouco claras e que obrigariam a deslocações enormes. Estamos ainda a falar de ofertas de trabalho altamente precárias que estão a ser promovidas por institutos públicos, como é o caso do IEFP.
Se estas são as ofertas de trabalho que o IEFP tem para apresentar a centenas de desempregados algo de muito errado se passa no mercado de trabalho em Portugal. Não se pode aceitar que o IEFP obrigue os desempregados a frequentar sessões de esclarecimento – sob ameaça de a sua inscrição ser anulada – para promover empregos precários e em péssimas condições.
o Bloco já questionou o governo. ler aqui
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