
Bloco de Esquerda solidário com os trabalhadores da CM Espinho
35h de trabalho valorizam o salário e criam emprego
O Bloco de Esquerda esteve hoje presente na manifestação dos trabalhadores da Câmara Municipal de Espinho e prestou a sua solidariedade com a luta pela aplicação das 35h semanais de trabalho.
A Câmara Municipal de Espinho enganou os trabalhadores, ao ter assinado um acordo com o sindicato para a aplicação das 35h, dando depois o dito por não dito. Agora, impõe as 40h de trabalho, não responde a pedidos de reunião, nem recebe os trabalhadores. Pinto Moreira enganou os trabalhadores e agora esconde-se deles, tentando mesmo impedir a realização desta manifestação.
O Executivo do PSD em Espinho leva a cabo no concelho aquilo que o Governo de Direita executa no país. É hora de dizer basta. Basta de austeridade, basta de empobrecimento, basta de sacrifícios sobre os trabalhadores, basta de cortar nos salários. Basta!
Os trabalhadores viveram 4 anos de austeridade em que lhe foram cortados salários, aumentados os dias de trabalho, reduzidos os dias de férias. Aos trabalhadores aumentaram-se brutalmente os impostos, o que fez diminuir o rendimento disponível. Aumentar o horário de trabalho é cortar ainda mais no salário, porque obrigará a que se trabalhe mais por menos dinheiro. É uma situação inadmissível e que não se pode tolerar.
Perante tamanha pobreza e tamanho desemprego em Portugal, o Bloco de Esquerda recusa mais medidas de austeridade que atinjam os salários dos trabalhadores e propõe a aplicação das 35h de trabalho semanais para todos os trabalhadores do setor público e privado. Esta seria uma forma de criar emprego e reduzir a exploração.
Reduzir o horário de trabalho e aumentar o preço das horas extraordinárias e em dia de folga ou dia feriado são algumas medidas que promoveriam o emprego, porque obrigariam à contratação de mais trabalhadores. São medidas importantissimas para reduzir o desemprego no país e, em particular em Espinho, um dos concelhos com maior taxa de desemprego em Portugal.
As medidas contrárias, nomeadamente a do aumento do horário de trabalho apenas aumenta a exploração e o desemprego, pelo que não podem ser aceites pelos trabalhadores. A Câmara Municipal de Espinho tem apenas duas coisas para fazer: 1) deixar de se esconder dos trabalhadores; 2) recuar na decisão de aumentar o horário de trabalho.